domingo, 16 de dezembro de 2012

Sunga, boia, bigode, cambalhota e barrigada

Palavras que sempre me lembrarão o Charbel. E para quem não entendeu o porquê, enfim, fiz uma seleção de vídeos e fotos de momentos inesquecíveis. Sempre com muita alegria e descontração. Assim presto essa homenagem nesse 16 de dezembro, feliz aniversário, meu irmão...sinto saudades!      Diego

















































segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Marcelo M sempre foi importante!


Oi Lorena,
Esperei um tempo pra te escrever, porque eu estava aqui, longe, tentando assimilar a coisa toda. Imagino que também não deve ser fácil pra você, né? Pior ainda. Ou sei lá… É ruim pra todos nós, e você deve imaginar como, apesar das diferenças. Mas, olha, estou escrevendo não só para te mandar um abraço e me pôr a dispossição como amigo, pra que você saiba que os amigos do Eduardo são também amigos da família, mas pra te falar de coisas positivas que me ocorreram só de pensar nele durante esses dias!
Faz tempo que não convivia com ele, o Dudu Melrose, como a gente chamava ele no tempo do Fliperama. Mas ele sempre foi pra mim um grande amigo, mesmo que não nos víssemos regularmente, um daqueles caras que, do nada, aparecem na sua casa pra bater papo, só porque tava afim, sem motivo algum, ou que aparecem de alguma forma, por telefone ou email, quando você tá pensando nele. Assim, um amigo mesmo – e melhor do que eu, por exemplo, porque mais interessado e mais ativo em ir atrás de nós, seus amigos (pelo menos ele era assim comigo). E assim, lembrando dessas aparições surpresa e de como ele era, eu acho que a gente se obriga a tentar ser um amigo melhor pra nossos amigos. Eu pelo menos tô com isso aqui, entalado. (Esse email, entre outras coisas, é também pra pôr em ação isso que aprendi – e que espero, de alguma forma, manter! Ser um amigo melhor pros meus amigos!)
A última vez que eu o vi, no ano passado, quando eu estava em Brasília (acho que em julho, agosto, por aí), fiquei com uma sensação boa pra caramba: era como se não tivesse passado um dia entre a última vez que nos vimos (há uns bons anos) e aquele dia. Assim, não foi nada especial, pelo contrário: foi como estar em casa, sabe? Como nós nunca tivéssemos ficado longe um do outro. O mais legal é que a última coisa que lembro do nosso último encontro foi ele me dizer: “você é um cara engraçado pra caralho!” Imagina? Pelo menos isso eu levo com orgulho: eu fiz o cara rir, e muito, por muito tempo. Ele lembrou histórias que vivemos juntos e besteiras que fazíamos ou falávamos que nem eu lembrava, sabe? E rimos pra caramba, só de lembrar daqueles dias, daquelas coisas. Assim, lembrando, foi a melhor despedida que eu poderia ter tido – e, apesar do vazio, de ter sido rápido e não termos continuado o papo, eu acho que dá uma coisa boa pra lembrar, pra pensar, pra ter.
O lance é o seguinte: a gente nunca vai saber o que ele tava sentindo, ou como ele se sentia. O que dá pra saber com certeza é que ele tava em paz com seus amigos (pelo menos comigo!), e com as coisas que vivemos juntos. Ampliando isso, a minha experiêcia em relação a nossa amizade, eu acho que dá pra concluir que ele tava em paz com as pessoas que estavam ao seu lado e com a vida, pelo menos com tudo que ele tinha vivido até ali, naquele dia que nos econtramos! O cara viveu intensamente, e isso é uma lição pra gente - principalmente em relação aos amigos (e acho que isso é grande parte, pelo menos uma parte importante, do que a gente pode querer da vida: conhecer pessoas, dividir experiências e memórias, ter e cultivar amizades pra vida toda – com o bônus, no caso do Eduardo, de ter sido um amigo foda, e tenho certeza que qualquer pessoa que viveu com ele vai dizer o mesmo).
Lorena, acho que não dá pra tornar a coisa menos difícil pra você – pra nós. O que dá, e isso é muito e muito importante, eu acho, é pra dizer que seu irmão deixou muita coisa boa por aí, pelo menos com a gente. Eu só tenho pensado nele com carinho e com uma sensação boa, sabe? Em paz!
Um grande abraço pra você e pra toda sua família! Conte conosco, tá bom? Pelo menos com a nossa amizade.